segunda-feira, agosto 16, 2010

SAUDE INDIGNADA: TODOS tem sua importância para o sistema funcionar.

Assistimos a mais uma demonstração de desrespeito com os servidores públicos e consequentemente com a saúde deste município por parte dos que estão no poder.

O executivo em sua política salarial concedeu, após uma árdua e molhada luta, míseros 5 % aos que ganham acima de R$ 500, e 10,5 % quem ganha menos do que o salário mínimo mas, sem estar na ata de negociação corta covardemente e injustamente o complemento salarial levando o trabalhador de menor salário a uma perda real.

Esse mesmo executivo faz negociação com parte dos médicos em separado, por fora, na surdina, e encaminha para a Câmara projeto de lei concedendo somente a alguns médicos aumento que elevam o salário para até 7 mil reais. O que acho até pouco para dedicação de 40 h semanais – 8 horas diárias, de segunda a sexta, atendendo, fazendo consultas de qualidade, conversando, examinando, orientando, ensinando, investigando, diagnosticando e tratando com capricho e dedicação o povo que do serviço público necessita.

Não sou contra o aumento dos médicos, mas denuncio veementemente a forma como foi feito, a discriminação e conflito que sua política provoca, pois TODOS os servidores tem importância para atingir o objetivo que é a saúde.

O que mais me revolta foram os argumentos mercadológicos colocados na defesa e na ação imoral deste governo que não valoriza e respeita os que de fato seguram as unidades de saúde.

Esse mesmo governo lava as mãos frente ao caos que está a seguridade de saúde do servidor público (FUNDO de SAÚDE). Como se a saúde do servidor não interessasse ao “patrão”.

Esse mesmo executivo nos mantém obrigados a receber no Banco do Brasil, e nada faz para resolver a perda de R$ 16,oo por mês que o BB tira da mesa de cada servidor público.

Este mesmo governo que não oferece condições de trabalho para atendimento digno a população, nos deixando no exercício da função em situação de constrangimento.

Este mesmo governo que alega falta de grana devido a dívida do governo anterior, mas que em quase 2 anos de mandato não foi capaz de chamar uma auditoria. Não quis investigar. E não deixa claro qual é a verba da saúde, como estão sendo distribuídas, os contratos.... Como se investe tanto em atos que dão manchete de jornal e não tem dinheiro para que seu servidor tenha o mínimo para dignidade.

O que queria o movimento ao comparecer na Câmara era pedir que os vereadores não votassem o projeto antes de haver um diálogo entre a comissão da saúde e o prefeito. Tem perdas a esclarecer e corrigir, tem ganhos injustamente distribuídos, tem PCCS, condições de trabalho, retaliação a servidores que aderiram ao movimento...coisas a resolver, queríamos conversar e claro tentar uma saída para o enorme crise provocada pela própria política que está sendo dada pelo governo. Queremos contribuir para que o executivo proponha projetos de lei que levem em conta a realidade e a justiça.

A Câmara por sua vez nos negou essa possibilidade, pois os vereadores Marcio Muniz, Thomé, Samir, Thiago Damaceno, João Tobias, Wagner Silva e Naval não quiseram adiar a votação por uma semana. Não quiseram apostar numa alternativa negociada entre o Governo e o movimento. Foi lamentável a atitude destes vereadores, que estão ali para nos defender, não só não nos defenderam, como não nos deram a oportunidade de defesa e de combate. Negociaram contra nossa vontade a aprovação da lei por uma audiência. Ridículo. Isso revoltou os servidores.

O servidor da saúde não pode deixar a injustiça ser vitoriosa, precisa colocar a boca no trombone e lutar por respostas concretas para que a saude tenha unidade, trabalho cooperativo, de equipe cooperativo e dê resolutividade ao caos que é a saúde deste município.

Ester Mendonça

Assistente Social

Servidora Pública licenciada por força da legislação eleitoral.



O servidor da saúde não pode deixar a injustiça ser vitoriosa, precisa ver respostas, precisa se organizar.

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